Muié Mineira
Os
dois cumpadres pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um deles pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal
com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come
terra?
- Uai... quentim... vermeia...? A gente gosta? Uái sô, só pode ser xota. Mas
eu num sabia que comia terra, sô!!
O outro dá uma pitada no cigarro:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda e dois sítios.
Sutileza Mineira
O
cumpadi, há muito tempo de olho na cumadi, aproveitô a ausência do cumpadi e
resolveu fazer uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa...
Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós...
falaram sobre o tempo...
- Será qui chove?
- Pois é...
Ficô um grande silêncio...
Aí, o cumpadi se enche de corage e resorve quebrá o gelo:
- Cumadi... qui qui ocê acha: trepemo ou tomemo um café?
- Ah, cumpadi... cê mi pegô sem pó...
Diproma
O
velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo,
quando um menino passa correndo por ali.
Ele chama:
- Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha filha estudar em
Belzonte e ela voltou com ele!
Cunversa de Mineirim
-
Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss???
- Num gosta di pescá...
- Num gosta di futebor...
- Num sabi contá piada...
- Num toma umas pinguinha...
- Óia, cumpadi... si num tivesse xota, eu nem cumprimentava.
contribuição: Daniele
Antitetânica
Ao ver o marido vestindo o paletó, a esposa perguntou: - "Aonde você vai?"
- "Vou ao médico" - respondeu ele. E ela:
- "Por que?! Você está doente?"
- "Não. Vou ver se ele me receita esse tal de Viagra".
A esposa levantou-se da cadeira de balanço e começou a vestir o casaco.
Ele perguntou:
- "E você? Aonde você vai?"
- "Ao médico, também" - respondeu ela.
- "Por que?"
- "Quero pedir para tomar uma antitetânica".
- "Mas... Por que?"
- "Vai que essa coisa velha e enferrujada volte funcionar
A
importância do cafezinho.
Dois leões fugiram do Jardim Zoológico.
Na fuga, cada um tomou um rumo diferente. Um dos leões foi para as matas e o
outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões por todo o lado, mas
ninguém os encontrou.
Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que
fugira para as matas. Voltou magro, faminto, alquebrado. Assim, o leão foi
reconduzido a sua jaula.
Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o
centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado. E voltou ao Jardim
Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde.
Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao
colega:
- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com
saúde? Eu, que fugi para para a mata, tive que voltar, porque quase não
encontrava o que comer ... !!!
O outro leão então explicou:
- Enchi-me de coragem e fui esconder-me numa repartição pública. Cada dia comia
um funcionário e ninguém dava por falta dele.
- E por que voltaste então para cá? Tinham acabado os funcionários?
- Nada disso. Funcionário público é coisa que nunca se acaba. É que eu cometi
um erro gravíssimo. Tinha comido o diretor geral, dois superintendentes, cinco
adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de seção, quinze
chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu
por falta deles! Mas, no dia em que eu comi o que servia o cafezinho...
Estraguei tudo!!!
Para
Refletir:
A professora Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma
redação e nela colocassem o que eles gostariam que Deus
fizesse por
eles.
Já em sua casa, corrigindo
as redações, ela se depara
com uma que
a deixa muito
emocionada.
Neste momento,
o marido entra e pergunta:
- O que aconteceu?
- Leia você mesmo!
- Era a redação de um menino, que dizia:
- “Senhor,
esta noite eu quero te pedir algo muito especial”. Por favor, me transforme
em um televisor. Quero ser como a
TV da minha casa.
- Quero ter um lugar
especial para mim, e reunir
minha família ao meu redor.
- Quero ser levado
a sério quando
falo.
- Quero ser o centro
das atenções, e ser escutado sem
interrupções.
- Quero receber mesmo
cuidado especial que a TV recebe
quando não funciona,
e ter a companhia
dos meus pais
quando eles chegam em casa, mesmo que estejam cansados.
- E que minha mãe
me procure quando estiver sozinha e aborrecida,
em vez de ignorar-me.
- E ainda que meus
irmãos “briguem"
para estar
comigo.
- Quero sentir que
minha família
vezes deixa tudo de lado pra passar alguns momentos comigo.
Ao terminar
de ler a redação, o marido de Ana Maria comenta:
- Meu Deus!
Coitado desse menino.
- Imagine
como deve ser essa família!
E Ana Maria responde:
- Essa redação é do nosso
filho !
Interessante esta narrativa do escritor ARNALDO JABOR retratando o preconceito
e a discriminação que determinadas pessoas impõem aos semelhantes principalmente
quando estes são portadores de alguma deficiência, sem se incomodarem com o
constrangimento que podem estar causando.
Vejamos:
"O IDIOTA E A MOEDA
Arnaldo Jabor
Conta-se que numa cidade do interior
um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Este era um pobre
coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele
duas moedas: uma grande de 400 réis e outra pequena, de 2.000 réis. Ele sempre escolhia
a moeda grande e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo
dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia
percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei!"- respondeu
o tolo assim e continuou: "Ela vale cinco vezes menos. Mas, no dia
em que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha
moeda".
Pode-se tirar várias conclu
sões dessa pequena narrativa:
1º Quem parece idiota nem sempre é;
2º Os verdadeiros idiotas não eram os que escolhiam a moeda;
3º Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda;
4º O mais interessante é que a podemos estar bem mesmo quando os outros não têm
uma boa opinião a nosso respeito.
Moral da História....
"O maior prazer de uma pessoa inteligente é
bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente."
Amocê !
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