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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Anvisa prioriza análise de novos medicamentos para hepatite C



Anvisa prioriza análise de novos medicamentos para hepatite C
23/10/2014 10h47
A hepatite C é uma doença causada por um vírus e transmitida principalmente pelo sangue

Acorda Cidade
Agência Brasil - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que está avaliando novas moléculas para o tratamento de hepatites virais. A decisão, segundo o órgão, se deve às solicitações de informações recebidas pela agência sobre o procedimento de avaliação de novas terapias para o tratamento da hepatite C no Brasil.
Até o momento, segundo a Anvisa, foram adotadas medidas em relação a três processos de registro. A primeira foi o início da avaliação dos dados clínicos de um medicamento com o princípio ativo simperevir. Nos outros dois casos, foram aprovados pedidos de priorização de análise para medicamentos com os princípios ativos sofosbuvir e daclatasvir, ambos a pedido do Ministério da Saúde e de empresas solicitantes do registro.
“Esses pedidos de prioridade já foram aprovados dentro do que prevê a Resolução da Diretoria Colegiada RDC 37/2014, que disciplina as priorizações de análise de registro de medicamentos”, informou a agência.
A hepatite C é uma doença causada por um vírus e transmitida principalmente pelo sangue, mas também pelo contato sexual ou para recém-nascidos durante a gravidez. A enfermidade pode levar à lesões no fígado e até mesmo ao câncer hepático.
Fonte:
http://www.acordacidade.com.br/noticias/132556/anvisa-prioriza-analise-de-novos-medicamentos-para-hepatite-c.html

Quem vai ter imediata e melhor atenção no tratamento da hepatite C por parte dos governos?

Quem vai ter imediata e melhor atenção no tratamento da hepatite C por parte dos governos?
19/10/2014

Existem três grupos lutando para conseguir prioridade de melhor atenção no tratamento da hepatite C. Um dos grupos é formado por aqueles que somente estão infectados com hepatite C, outro é o grupo dos co-infectados com HIV (AIDS) e hepatite C e, os usuários de drogas injetáveis infectados com hepatite C formam um terceiro grupo de pressão. Cada um desses grupos lutam para chamar a atenção e assim conseguir serem atendidos naquilo que mais o afeta diretamente, recebendo prioritariamente ações de diagnostico, cuidados e tratamento com os novos medicamentos.

Nas ultimas semanas participei como convidado de dois encontros para discutir com esses grupos específicos formas de atuação no "advocacy". O primeiro encontro foi em Oxford com o objetivo de procurar ações para prevenção e tratamento da hepatite C entre usuários de drogas injetáveis e, a seguir, em Madrid para discutir o mesmo tema, porém focado em pacientes co-infectados com HIV e hepatite C.

Nessas duas reuniões aprendi muito sobre como devem lutar os infectados com hepatite C, aprendi que devem ser pragmáticos nos seus objetivos para tentar conseguir o mais rapidamente possível aquilo que hoje está ao alcance da medicina.

Observo que quem esta tomando a dianteira na discussão sobre propostas de ações para tratamento da hepatite C são os co-infectados e os usuários de drogas injetáveis. Merecem aplausos o pensamento e objetividade dos co-infectados e grupos de usuários de drogas, assim, eles estarão conseguindo por parte dos governantes maior atenção muito antes que os mono infectados.

Como exemplo, existem no mundo 33 milhões de infectados com HIV (AIDS) e 170 milhões infectados com hepatite C, sendo os co-infectados estimados entre 4 e 8 milhões, mas esse número bem menor grita em tom mais alto que os mono infectados.

Entendo que na Europa e Estados Unidos a droga é utilizada de forma injetável, fato que em Latino América praticamente não é forma de utilização, o que evita a transmissão da hepatite C, entendo também que os co-infectados possuem experiência de luta pelos seus direitos por que também estão infectados com HIV, mas fica difícil entender por que os grupos de mono infectados com hepatite estão passivos, calados, sem lutar ou reivindicar os novos tratamentos livres de interferon, ficando esperando que os governos tenham a boa vontade de disponibilizá-los.

É interessante observar que enquanto alguns grupos de monoinfectados com hepatite C estão se mobilizando pela quebra de patente ou licenciamento compulsório, os grupos de co-infectados ou usuários de drogas injetáveis lutam para conseguir imediatamente os medicamentos que já existem. Sabendo que existindo quatro fabricantes esses grupos querem logo os novos tratamentos e não esperar meses ou anos discutindo uma quebra de patente, sabem também que existem quase duas dúzias de novos medicamentos em fases avançadas das pesquisas e que se hoje um país quebra uma patente vai ter somente um desses medicamentos, que ficará rapidamente ultrapassado por medicamentos melhores que estarão chegando ao mercado. Não são contra utilizar medicamentos genéricos que venham ser fabricados, mas agora, imediatamente, sabem que é mais rápido utilizar o que já está sendo fabricado e assim evitar milhares de mortes.

O pragmatismo dos grupos de co-infectados e usuários de drogas injetáveis é o caminho mais rápido para que os infectados com hepatite C recebam a devida atenção por parte dos governos. Pessoalmente sempre defendi que existindo três ou quatro medicamentos é mais rápido e pratico negociar preços (como de forma inteligente o fez o Brasil) e não dar ouvidos a associações de pacientes que paralisadas no tempo falam na quebra de patentes.
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Lista de Espera



Lista de Espera
Como funciona a "fila única"?
É muito importante que as pessoas saibam como funciona a assim chamada "fila única". Quando ouvimos esta expressão naturalmente pensamos na fila de entrada do cinema que respeita a ordem de chegada do espectador para entrar na sala. No caso dos transplantes este termo é impróprio pois as coisas não são exatamente como na fila do cinema e é esta a maior causa de confusão, até para os próprios pacientes. Vejamos como funciona a lista no caso dos transplantes.
Órgão
Pacientes
CÓRNEA
937
FÍGADO
48
RIM
999
    MEDULA
        25
Atualizado em  07/07/14
A cada vez que surge um doador a Central é informada e processa a seleção dos possíveis receptores para os vários órgãos. Esta seleção leva em conta o tempo de espera para o transplante, o grupo sanguíneo, o peso e altura do doador, com nuanças próprias para cada órgão. Só isto faz com que nem sempre o mais antigo (o que chegou primeiro na fila do cinema) fique em primeiro lugar na "fila" daquele doador. Além disso é preciso levar em conta alguns exames feitos no doador para ver se ele é portador de infecções, como por exemplo, as hepatites por vírus B ou C. Caso um desses exames seja positivo as equipes não aceitam os órgãos para transplantar receptores negativos para a tal infeção pois isto representa um risco de contaminar o receptor com uma doença que colocará em risco sua saúde. Nesses casos algumas equipes aceitam os órgãos para transplantá-los em receptores que tenham a mesma infecção e estes podem não ser os primeiros da "fila".

Outras vezes o receptor que foi selecionado em primeiro lugar pode não estar momentaneamente em condições de receber um transplante em conseqüência de complicações clínicas ou não pode ser localizado, não quer ser transplantado naquele momento, etc e portanto, para aquele doador ele é preterido. Algumas vezes a equipe médica responsável pela realização do transplante não está disponível (acontece em feriados prolongados, época de Congressos das especialidades) e o paciente selecionado não pode ser transplantado. Enfim são várias as razões que fazem com que a "fila única" para o transplante seja diferente da fila única do cinema. O importante é saber que se ele não for transplantado com aquele doador ele não perde o seu lugar na lista. É como se ele saísse da fila do cinema e voltasse noutro dia, seu lugar do dia anterior, estaria reservado para ele. Isto não acontece na fila do cinema...

Sem entender estas coisas não será possível para a sociedade acompanhar o progresso da "lista única" para os transplantes com órgãos provenientes de doadores cadavéricos, onde cada caso é um caso e deve ser tratado isoladamente. Para acompanhar seu cadastro, acesse abaixo
Ou acesse o Sistema Nacional de Transplantes, clique em prontuário do paciente e em seguida selecione o tipo de transplante desejado. Para mais informações, entre em contato com o seu médico responsável ou com a central de transplantes da Bahia.
  
Fonte:


http://www.saude.ba.gov.br/transplantes/index.php?option=com_content&view=article&id=92:listadeespera&catid=15:informativos&Itemid=144