Genotipos 2 e 3 da hepatite C - Comentários do "18º Workshop Internacional de Hepatites Virais de Pernambuco"

Genotipos 2 e 3 da hepatite C - Comentários do "18º Workshop Internacional de Hepatites Virais de Pernambuco"

09/06/2014 

- Diferenças entre os genotipos 2 e 3: O genótipo 3 provoca o aparecimento da esteatose, o genótipo 2 não. 

- Diferenças entre os genotipos 2 e 3: O genótipo 2 provoca maior numero de manifestações extra-hepáticas que o genótipo 3. 

- Diferenças entre os genotipos 2 e 3: A progressão para a cirrose é mais acelerada no genótipo 3 que no genótipo 2. 

- Diferenças entre os genotipos 2 e 3: No tratamento com interferon o genótipo 2 responde melhor, com cura entre 71% e 89%, já o genótipo 3 responde entre 60% e 70%. 

- O atual protocolo de tratamento do Ministério da Saúde para os genotipos 2 e 3 somente autoriza o interferon peguilado se o infectado apresentar carga viral acima de 600.000 UI ou fibrose F3 ou F4. Para os demais fornece o interferon convencional, medicamento que praticamente o mundo todo já deixou de utilizar devido a pouca resposta que apresenta. Um verdadeiro absurdo que deveria ser corrigido o mais rápido possível e todos passar a utilizar o interferon peguilado. 

- Os novos medicamentos orais que estão sendo lançados não apresentam uma maior possibilidade de cura para os infectados com o genótipo 3, ficando em aproximadamente 70% de cura, mas afortunadamente uma segunda geração de medicamentos que estão em pesquisa avançada e que deverão chegar entre 2015 e 2016 são muito promissores. 

Carlos Varaldo
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Dia Mundial da Hepatite,Entrega do Abaixo Assinado

1- Dia Mundial da Hepatite 
2 - Entrega do Abaixo Assinado 
3 - Entrevista do Ministro da Saúde com a imprensa

29/07/2014 

Aconteceu hoje, 29 de julho em Brasília em entrevista a imprensa a principal atividade no Brasil em comemoração ao Dia Mundial da Hepatite. Com a presença do Ministro da Saúde, Dr. Artur Chioro, do Secretário de Vigilância, Dr. Jarbas Barbosa, do Diretor do Departamento DST-AIDS-HEPATITES, Dr. Fabio Mesquita, do Dr. Evaldo Stanislau Affonso de Araújo e representantes da OPAS, CONAS, CONASEM e Departamento de Imunização do Ministério, coube a mim representar no cerimonial o movimento das hepatites. 

O foco foi referente a introdução da vacina da hepatite A no calendário de vacinação das crianças já a partir deste mês disponível em 12 estados, outros 12 em agosto e em todo Brasil em setembro. A vacina em dose única será destinada a crianças com idade entre 12 e 23 meses em 36.000 locais de vacinação, gratuitamente. Uma velha reivindicação do movimento social que agora finalmente foi atendida. 

A seguir, no gabinete do Ministro da Saúde, Dr. Artur Chioro, o mesmo recebeu o abaixo assinado com quase 60.000 assinaturas coordenado pelo Grupo Otimismo, assinaturas conseguidas por voluntários e outras ONGs . A entrega contou com a entrega do abaixado assinado virtual coordenado pela ativista Sandra Regina Conde Rocha com outras 26.000 assinaturas (veja o tablet na foto à página da Change.org). 

Momento da entrega do abaixo assinado ao Ministro da Saúde

Na ordem: Gerente de Hepatites do Departamento, Dr. Marcelo Naveira - Secretário de Vigilância, Dr. Jarbas Barbosa - Carlos Varaldo, Presidente do Grupo Otimismo - Ministro da Saúde, Dr. Artur Chioro - Sandra Regina Conde Rocha - Diretor do Departamento DST-AIDS-HEPATITES, Dr. Fabio Mesquita - Dr. Evaldo Stanislau Affonso de Araújo - Na frente, o abaixo assinado. 

Os dois abaixo assinados com mais de 80.000 assinaturas solicitam ao governo rapidez para o registro dos novos medicamentos e a incorporação no SUS, mas ressaltando que deve ser conseguido um preço justo com os fabricantes, para dessa forma atender todos os infectados. 

O abaixo assinado do Grupo Otimismo foi estrategicamente idealizado para coletar assinaturas no papel. Os voluntários deveriam imprimir as folhas e solicitar a família e amigos, em escolas, igrejas, clubes, etc., para assinar. Objetivamos dessa forma tirar o infectado da frente do computador, do anonimato, e passar a ser ativo ao solicitar as assinaturas, deveria dar a cara para assim contribuir para acabar com o estigma. Curiosamente muitos escreveram que as pessoas a que se solicitava para assinar perguntavam o que era a hepatite C e se tinha cura. Somente esse resultado inesperado já foi um sucesso. 

O ministro agradeceu o esforço realizado pelos voluntários na coleta de assinaturas informando que a velocidade com que os medicamentos serão aprovados depende em grande parte da colaboração dos fabricantes, os quais deverão oferecer na negociação um preço justo, que objetive poder tratar todos os infectados e ao mesmo tempo que seja compatível com o orçamento da saúde e a sustentabilidade do programa de hepatites e, que o abaixo assinado certamente vai ajudar na negociação. 

Agradeço a todos aqueles, voluntários e associações de pacientes, que se envolveram na coleta de assinaturas e, saibam, que o trabalho realizado será certamente de fundamental importância para acelerar, quanto antes, a introdução dos novos medicamentos no Brasil. 

Todos juntos podemos vencer as hepatites!

Carlos Varaldo
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Vitamina D - A enorme influencia na hepatite C

Vitamina D - A enorme influencia na hepatite C

20/07/2014

Pesquisadores concluíram após realizar uma meta-análise de 14 publicações científicas que um baixo nível de vitamina D em pacientes com hepatite C aumenta a probabilidade de ter fibrose avançada e, também, de menor possibilidade de conseguir a cura da doença, sugerindo a utilidade da realização do teste de vitamina D em pacientes infectados pela hepatite C.

Os pesquisadores realizaram uma meta-análise de 14 estudos publicados entre os anos de 2011 e 2014 publicados nas revistas científicas PubMed, Scopus, Lilacs e Cochrane Library.

Sete dos estudos avaliavam o nível de vitamina D no organismo e a fibrose avançada em 1.093 infectados com hepatite C que nunca receberam tratamento e 11 estudos realizados em 2.672 infectados com hepatite C analisava o nível de vitamina C e a cura após o tratamento com interferon peguilado e ribavirina. Quatro dos estudos permitiam avaliar as duas propostas da meta-análise.

O nível de vitamina D no organismo foi obtido pelo exame "25-hidroxi-vitamina D". Aproximadamente 70% de todos infectados com hepatite C apresentavam níveis considerados baixos, entre 20 ng/mL e 30 ng/mL e aproximadamente a metade dos 3.765 infectados apresentavam níveis de vitamina D abaixo do que é considerado como deficiência, entre 10 ng/mL e 20 ng/mL.

A fibrose avançada em infectados com deficiência de vitamina D, entre 10 ng/mL e 20 ng/mL, quando comparada com infectados com vitamina D acima de 30 ng/mL, foi 137% maior.

A probabilidade de cura da hepatite com o tratamento de interferon peguilado e ribavirina foi 53% superior entre aqueles infectados que apresentavam um nível de vitamina D acima de 20 ng/mL, em comparação com aqueles que estavam por baixo desse nível.

MEU COMENTÁRIO:

Riscos para a fibrose hepática avançada e possibilidades de atingir a cura da hepatite C são afetados quando existem níveis baixos de vitamina D. Sugiro que todos os infectados falem com o médico sobre a necessidade do exame "25-hidroxi-vitamina D" e se necessário fazer a suplementação, que pode ser medicamentosa ou pela alimentação, mas sempre com a necessidade do sol para poder a metabolizar pelo organismo.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Low vitamin D levels increased risk for advanced liver fibrosis, decreased SVR rate among patients with HCV García-Álvarez M. Hepatology. 2014;doi:10.1002/hep.27281. 

Carlos Varaldo
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CONVITE

Prefeitura Municipal de Feira de Santana

Secretaria Municipal de saúde

Vigilância Epidemiológica

Programa Municipal de DST HIV AIDS e Hepatites Virais

                                                                 

28 de julho- Dia Mundial de luta contra as Hepatites Virais

LOCAL: Em frente ao estacionamento da Prefeitura Municipal de Feira de Santana 

Horário: 9 às 16 horas

As HEPATITES B E C podem estar onde você menos espera.