O que é uma Hepatite.
A
hepatite é uma inflamação no fígado que, dependendo do agente que a provoca,
se pode curar apenas com repouso, requerer tratamentos prolongados, ou mesmo
um transplante de fígado quando se desenvolvem complicações graves da cirrose
como a falência hepática, ou o cancro no fígado, que podem levar à morte.
As
hepatites podem ser provocadas por bactérias, por vírus, e também pelo
consumo de produtos tóxicos como o álcool, medicamentos e algumas plantas.
Existem seis tipos diferentes de vírus da hepatite (Hepatite
A, Hepatite B, Hepatite
C, Hepatite D, Hepatite
E e Hepatite G). Existem ainda as hepatites
auto-imunes resultantes de uma perturbação do sistema imunitário que, sem que
se saiba porquê, começa a desenvolver auto-anticorpos que atacam as células
do fígado, em vez de as protegerem. Os sintomas são pouco específicos,
semelhantes aos de uma hepatite aguda, podendo, nas mulheres, causar
alterações no ciclo menstrual. Esta hepatite, ao contrário da hepatite
vírica, atinge sobretudo as mulheres, entre os 20 e os 30 anos e entre os 40
e os 60, geralmente transforma-se numa doença crónica e evolui quase sempre,
quando não é tratada, para a cirrose.
Cada
uma destas patologias implica sempre uma consulta médica e um acompanhamento
adequado. Em muitos casos, ter hepatite não chega a ser uma verdadeira «dor
de cabeça», já que o organismo possui defesas imunitárias que, em presença do
vírus, reagem produzindo anticorpos, uma espécie de soldados que lutam contra
os agentes infecciosos e os aniquilam. Mas, em algumas situações, estes
anticorpos não são suficientes para travar a força do invasor e, então, é
necessário recorrer a tratamentos antiviricos.
Embora
haja ainda muito a estudar nesta área, a investigação científica tem
percorrido um bom caminho na luta contra a doença, tendo já conseguido
elaborar vacinas contra as hepatites A e B, (que permitiram reduzir
consideravelmente a sua propagação) e descobrir substâncias (como os
interferões) que podem travar a multiplicação do vírus e constituir uma
esperança de prolongamento da vida para muitos doentes. Estes tratamentos,
contudo, são dispendiosos e nem sempre estão disponíveis nos países em
desenvolvimento, que são as zonas mais afectadas.
Os
vírus da hepatite podem ser transmitidos através da água e de alimentos
contaminados com matérias fecais (A e E), pelo contacto com sangue
contaminado (B, C, D e G) e por via sexual (B, C e D). Os vírus têm períodos de
incubação diferentes e, em muitos casos, os doentes não apresentam sintomas.
As hepatites A e E não se tornam crónicas, enquanto a passagem à situação da
cronicidade é bastante elevada na hepatite C e comum nas hepatites B, D e G,
embora esta última doença não apresente muita gravidade.
Ao contrário de outras doenças, os doentes com
hepatite crónica podem ter um quotidiano muito próximo do normal, não sendo
necessário ficarem ficar inactivos, isolados dos demais ou cumprir dietas
rígidas, mas devem conhecer as suas limitações e aprender a viver com a
hepatite.
Quadro de ResumoHepatite
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Tipos de vírus
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VHA, da família dos picornavírus.
O genoma é constituído por ARN (ácido ribonucleico).
Encontra-se nas fezes da pessoa infectada.
O período de incubação dura entre 20 e 40 dias.
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Características
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É frequente em Portugal.
Aparece na infância ou na fase de adulto jovem, em especial, nos países em
desenvolvimento.
Cura-se ao fim de 3 a 5 semanas e não evolui para doença crónica.
Raramente exige internamento hospitalar.
Não é fatal.
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Sintomas
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Durante o período de incubação, a doença não se manifesta.
Inicialmente assemelha-se a uma gripe com febre, mialgias e mal-estar
geral, depois aparece a icterícia, a falta de apetite e os vómitos.
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Tratamento
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Não há um medicamento específico.
Repouso moderado.
A alimentação deve ser rica em proteínas e baixa em gorduras.
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Transmissão
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Através de alimentos ou de água contaminados por matérias fecais.
Consumo de mariscos de viveiros contaminados por água de esgotos.
Frutas, vegetais e saladas ou outros alimentos crus, contaminados por água
de esgotos.
Contacto com matéria fecal.
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Formas de evitar contágio
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Lavar as mãos após a utilização da casa de banho, de mudar uma fralda, e
antes de cozinhar ou comer.
Em países da Ásia, África ou das Américas (Central e do Sul), optar por
beber água engarrafada, ingerir alimentos embalados e evitar o consumo de
gelo.
No convívio com uma pessoa infectada, lavar a louça a temperaturas altas,
não partilhar a sanita nem a cama, evitar o sexo oro-anal
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Vacina
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Existe desde 1991.
É dada em duas doses: a segunda, 6 a 12 meses após a primeira.
Recomendada para pessoas que viajam com frequência ou que permanecem um
longo período em países onde a doença é comum entre a população.
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Tipos de vírus
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VHB, da família dos hepadnavírus.
O genoma é constituído por ADN (ácido desoxirribonucleico).
Encontra-se no homem doente e no portador.
Tem um período de incubação lento, entre as seis semanas e os seis meses.
É mais comum na Ásia, Pacífico e África inter-tropical, do que no mundo
ocidental.
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Características
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Descoberta em 1965, é a mais perigosa das hepatites e uma das doenças mais
graves do mundo. Torna-se crónica em menos de 10% dos casos. Pode ser
fatal.
Existem 350 milhões de portadores crónicos do vírus que podem desenvolver
doenças hepáticas graves, como a cirrose e o cancro do fígado.
Nos países em desenvolvimento, as crianças são as mais afectadas, enquanto
no mundo industrializado, o vírus é sobretudo transmitido aos jovens
adultos, por contacto sexual e na partilha de seringas entre os
utilizadores de drogas injectáveis.
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Sintomas
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Os primeiros sintomas são febre, mal-estar, desconforto, dores abdominais;
mais tarde surgem icterícia, urina escura e fezes claras.
Esta hepatite decorre sem sintomas em 90 por cento dos casos.
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Tratamento
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A hepatite aguda B é tratada com repouso.
Na hepatite crónica, usa-se o interferão ou o peginterferão durante seis a
doze meses.
O tratamento com análogos dos nucleósidos, como a lamivudina ou o adefovir,
é outra terapêutica utilizada.
O tratamento tem uma eficácia de 15 a 45 %.
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Transmissão
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Através:
- do contacto com sangue contaminado (partilha de seringas e outros
materiais usados pelos consumidores de drogas intravenosas, tatuagens, acupunctura,
transfusões de sangue e derivados
- do contacto sexual
- da transmissão materno-fetal.
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Formas de evitar contágio
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Evitar o contacto com sangue infectado, não partilhar objectos cortantes e
perfurantes que possam ter estado em contacto com sangue contaminado, nem
seringas e outros objectos utilizados na preparação e consumo de drogas
injectáveis e inaláveis e usar sempre preservativo nas relações sexuais.
Também se deve ter cuidado com a colocação de piercings, a realização de
tatuagens e de tratamentos de acupunctura, se os instrumentos utilizados
não estiverem esterilizados.
Os familiares de um portador deste vírus devem fazer a vacina contra a
hepatite B.
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Vacina
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Existe uma vacina contra a hepatite B desde 1981 que tem uma eficácia de
95%.
É administrada em três doses e pode ser tomada por todos, desde que não
estejam já infectados com o VHB. Os bebés, filhos de mães portadoras, são
vacinados à nascença.
Esta vacina faz parte do Programa Nacional de Vacinação.
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Tipos de vírus
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VHC, um vírus ARN da família dos flaviviridus
O período de incubação oscila entre os 15 e os 150 dias.
Este vírus tem seis genótipos diferentes e uma grande capacidade de se
modificar, o que dificulta a produção de uma vacina eficaz.
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Características
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A infecção pelo VHC evolui para uma hepatite crónica em 80% dos casos.
Estima-se que existam 150 mil portadores crónicos do vírus em Portugal.
Os principais atingidos são os consumidores de drogas injectáveis e as
pessoas que receberam uma transfusão de sangue antes de 1992.
Pode evoluir para uma doença hepática grave e é, em Portugal, a principal
causa de cancro do fígado.
Pode ser fatal.
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Sintomas
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Em 75% dos casos os infectados pelo VHC não apresentam sintomas.Podem
ocorrer letargia, mal-estar geral e intestinal, febre, perda de apetite,
intolerância ao álcool, dores na zona do fígado e, muito raramente,
icterícia.
O indivíduo com infecção crónica pelo vírus da hepatite C pode não
apresentar qualquer sintoma e, no entanto, estar a desenvolver uma cirrose
ou um cancro do fígado.
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Tratamento
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O tratamento da hepatite C crónica faz-se com peginterferão, para impedir a
multiplicação do vírus e estimular a destruição das células afectadas.
Usa-se também a ribavirina que, combinada com o peginterferão, permite
melhores respostas ao tratamento.
Em situações mais graves, de doença hepática avançada,é necessário fazer um
transplante de fígado (o risco de recidiva é de 90 a 100%).
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Transmissão
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Através de sangue ou produtos sanguíneos contaminados.
A transmissão por via sexual é rara, mas pode ocorrer.
Existe um risco de 6% da mãe infectada poder transmitir o vírus ao feto.
É frequente nos toxicodependentes intravenosos.
Com o despiste sistemático do anti-VHC nos dadores de sangue, a partir de
1992, a hepatice C pós-transfusional tornou-se excepcional.
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Formas de evitar contágio
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Não usar escovas de dentes, lâminas, tesouras ou outros objectos de uso
pessoal que possam ter estado em contacto com sangue contaminado.
Não partilhar seringas e outros objectos usados na preparação de drogas
injectáveis e inaláveis.
Tratar das feridas e cobri-las com pensos ou ligaduras.
Usar preservativo nas relações sexuais, sobretudo se tem vários parceiros.
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Vacina
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Não existe uma vacina para a hepatite C.
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Tipos de vírus
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VHD (também chamado de vírus Delta)
É constituído por ácido ribonucleico (ARN) e é um Viróide.
Só se consegue multiplicar em presença do vírus da hepatite B.
Tem um período de incubação de 15 a 45 dias.
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Características
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A infecção com o VHD pode ocorrer em simultâneo com a do VHB (co-infecção)
ou ocorrer depois da pessoa já ser portadora do vírus da hepatite B
(superinfecção).
Na co-infecção, a hepatite pode ser grave e mesmo fulminante, mas raramente
evolui para uma forma crónica. Nos casos de superinfecção, o VHD provoca
uma hepatite aguda grave e evolui para hepatite crónica em 80% dos casos
podendo causar lesões hepáticas graves e contribuir para o desenvolvimento
de cirrose. A evolução para cirrose demora entre cinco a dez anos, mas pode
surgir 24 meses após a infecção.
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Sintomas
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Na co-infecção:
- fadiga, letargia, anorexia, náuseas durante 3 a 7 dias após o período de
incubação; depois surgem icterícia, urina escura e fezes claras.
Na superinfecção:
- na fase aguda são idênticos; na fase crónica, os sintomas são semelhantes,
mas menos intensos.
A
hepatite D fulminante é rara, mas é dez vezes mais comum do que noutros
tipos de hepatite provocada por vírus. Caracteriza-se por encefalopatia
hepática, mudanças de personalidade, distúrbios no sono, confusão e
dificuldade de concentração, comportamentos anormais, sonolência e, por
último, estado de coma.
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Tratamento
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Até agora, não existe um tratamento cem por cento eficaz, o interferão tem
permitido obter alguns resultados positivos, mas apenas num em cada dois
casos se verifica uma inibição significativa da multiplicação do vírus. A
doença, geralmente, recidiva quando se interrompe o tratamento.
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Transmissão
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Através do contacto com sangue contaminado e fluidos sexuais.
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Formas de evitar contágio
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Não dispensar o preservativo nas relações sexuais e não partilhar todo o
tipo de objectos que possam ter estado em contacto com sangue contaminado
ou de alguém de quem se desconheça o estado de saúde, incluindo seringas,
escovas de dentes, lâminas e outros objectos cortantes.
É importante ter em atenção as condições de higiene e esterilização dos
locais onde se façam piercings, tatuagens e tratamentos com acupunctura.
A vacina contra a hepatite B é uma forma bastante eficaz (95%) de prevenção
da hepatite D.
Em caso de exposição à doença, deve-se receber uma injecção de
Imunoglobulina HB nas 48 horas seguintes.
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Vacina
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Não existe uma vacina contra a hepatite D, mas como o vírus Delta só pode
infectar alguém em presença do VHB, a vacina contra a hepatite B previne a
infecção por este vírus.
A vacina da hepatite B faz parte do Programa Nacional de Vacinação e pode
ser tomada por todos, desde que não estejam já infectados com o VHB.
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Tipos de vírus
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VHE, um vírus ARN da família dos calicivirus..
Tem um período de incubação entre os 15 e os 45 dias.
É mais comum nos climas quentes e o maior perigo de infecção regista-se nos
países em desenvolvimento com condições de higiene e saneamento básico
precárias
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Características
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A doença, em geral, não é grave, excepto quando ocorre uma hepatite
fulminante (interrupção total ou quase total do funcionamento do fígado).
Esta situação é frequente nas mulheres grávidas, podendo atingir uma taxa
de mortalidade de 20 por cento, se o vírus for contraído durante o terceiro
trimestre de gravidez.
Esta hepatite não se torna crónica.
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Sintomas
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Os jovens e os adultos, entre os 15 e os 45 anos, apresentam icterícia,
falta de apetite, náuseas, vómitos, febre, dores abdominais, aumento do
volume do fígado e mal-estar geral.
As crianças, em geral, não apresentam sintomas.
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Tratamento
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As infecções são, em geral, limitadas, a recuperação acontece em pouco
tempo e não é necessária hospitalização, excepto em casos de hepatite
fulminante.
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Transmissão
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Através de alimentos ou águas contaminadas por matérias fecais, sendo rara
a transmissão de pessoa para pessoa.
Não há registos de transmissão por via sanguínea e sexual.
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Formas de evitar contágio
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Quando se viaja para zonas onde a doença é comum, devem-se redobrar os
cuidados de higiene, ter em atenção o estado da água da rede pública, beber
sempre água engarrafada e selada, consumir frutas e vegetais só depois de
cozinhados e evitar o consumo de marisco crú.
Não está provado que se dê o contágio por via sexual, mas devem evitar-se
os contactos oro-anais.
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Vacina
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Não existe vacina.
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Tipos de vírus
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VHG, um vírus composto por ácido ribonucleico (ARN), pertence à família dos
flavivírus.
Tal como o vírus da hepatite C, também apresenta diferentes genótipos.
A infecção pode ocorrer em simultâneo com a infecção pelo VHC, mas os
estudos feitos até agora permitem concluir que este vírus não agrava a
hepatite C nem perturba o seu tratamento.
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Características
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A gravidade da infecção pelo VHG para o organismo humano é baixa ou quase
nula; a infecção é geralmente suave e temporária, havendo apenas relatos
muito esporádicos de hepatite fulminante.
90 a 100 % dos infectados tornam-se portadores crónicos, mas podem nunca
vir a desenvolver uma doença hepática.
Por ter sido descoberto recentemente (1995), ainda não foi possível
determinar com exactidão as consequências da infecção por este vírus, mas,
por enquanto, tudo leva a crer que o vírus não provoca lesões hepáticas.
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Sintomas
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As pessoas infectadas com o vírus G não apresentam sintomas.
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Tratamento
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Não existe um tratamento específico.
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Transmissão
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Transmite-se por via sanguínea, mas desconhecem-se ainda outras formas
possíveis de contágio.
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Formas de evitar contágio
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Evitar o contacto com sangue contaminado e produtos derivados de sangue.
É aconselhável usar sempre protecção nas relações sexuais e deve-se evitar
a partilha de objectos cortantes e de instrumentos usados na preparação e
consumo de drogas injectáveis ou inaladas.
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Vacina
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Não existe vacina.
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